Terminei de Ler: As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis

As Crônicas de Nárnia
Páginas: 752
Autores: C.S. Lewis
Editora: Martins Fontes

Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal - o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é 'O leão, a feiticeira e o guarda-roupa', escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como 'As crônicas de Nárnia'. Nos últimos cinquenta anos, 'As crônicas de Nárnia' transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literatura clássica. Cada um dos sete livros é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações... Enganosamente simples e direta, 'As Crônicas de Nárnia' continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades.




Olha, essa resenha vai ser muito difícil, não por que é uma obra grande, mas por causa de 2 motivos em especial: 1º C.S. Lewis foi uma pessoa muito religiosa e isso transparece em sua obra, eu sabia disso e estava morrendo de medo de não gostar do livro por esse motivo. E 2º O final não me agradou tanto, também estava com medo de ler o livro porque sabia que meus personagens preferidos não iriam protagonizar os 2 últimos livros (sim, falo de Edmundo/Edmund e Lucia/Lucy).

Mas resolvi me jogar na leitura e me surpreendi muito, pois o mundo que o Sr. Lewis cria é MAGNIFICAMENTE MÁGICO demais, e não teve como eu não curtir os livros. Porém, como já adiantei e vocês verão mais adiante, eu não curti todas as histórias.

As Crônicas de Nárnia, é composto por 7 livros, são eles: O Sobrinho do Mago, O Leão, a Feiticeira, e o Guarda Roupa, O Cavalo e Seu Menino, Príncipe Caspian, A Viagem do Peregrino da Alvorada, A Cadeira de Prata e A Ultima Batalha (todas em ordem cronológica = de leitura). Não vou mentir, ODIEI A Cadeira de Prata, achei chatíssimo, não curti os 4 ou 5 capítulos de A Ultima Batalha, e não gostei tanto do final das Crônicas.

Porém a leitura é muito boa, apesar de meio cansativa em alguns pontos/crônicas.
Os personagens são MARAVILHOSOS, temos poucos personagens chatos (ao todo, só não curti 1), mas é claro, tenho meus preferidos, no time dos meninos fico com Edmundo (é lindo ver a mudança que ocorre com ele) e no time das meninas fico com Lucia.

Ai vai um resuminho de cada Crônica e o que achei delas:


O SOBRINHO DO MAGO:

O livro conta a história de Digory e Polly duas crianças que por serem curiosas demais caíram numa enrascada com André (Tio de Digory) e por isso vão parar em outro mundo, pois André engana Polly, e Digory tem que ir salvá-la.
A sequência no Bosque entre 2 Mundos, é sensacional demais, gostei bastante de sentir o que se passa quando eles viajam entre os mundos.
Chegando no outro mundo, eles se encontram em um enorme Castelo, cheio de estátuas, um sino e um martelo, com alguns dizeres falando para tocar o sino com o martelo, Digory curioso o toca, e assim desperta a bela Feiticeira Jadis.

Foi bem interessante descobrir como surgiu o meio para a viajem entre os mundos, a parte que o Tio André conta como começou os experimentos foi bem interessante, porém triste, coitado dos porquinhos.
Também descobrimos um pouco sobre a história do mundo da Feiticeira, que, antes de Jadis entrar em 'coma', ela e a irmã lutaram pelo trono de seu pai, porém, Jadis usou um antigo feitiço e dizimou sua cidade, matando sua irmã junto.
A sequência em que Nárnia é criada é linda demais, sério, eu fiquei encantado demais nessa parte. Essa parte é tão linda e emocionante. É maravilhoso demais ver Aslan criando Nárnia e os habitantes através de algumas canções.
É bem interessante o jeito que surge o Guarda Roupas, na sequência que explica isso meus olhos se encheram de lágrimas, foi lindo demais.

Gostei bastante da leitura, o livro é tão mágico à mente, que coisa magnifica C.S. Lewis criou ao fazer esse livro. Os personagens são bons e a leitura é bem fluida, rápida de ser lida.

Nota: 5/5 ou 10/10






O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA ROUPA:

A história mais conhecida de As Crônicas de Nárnia, 1º dos livros adaptados para o cinema pela Disney (posteriormente Fox). Ele conta a história de 4 crianças, os irmãos Pevensie: Edmundo, Lucia, Pedro e Susana, que por um guarda roupas vão parar em um mundo mágico chamado Nárnia. Lá eles passam por maus bocados, um dos irmãos os trai, porém, no final de tudo, se redime.

Os personagens são muito bons, AMO demais Edmundo (principalmente ele, é lindo ver a mudança que ocorre com ele, que de longe tem o pano de fundo mais interessante da trama) e Lucia, de longe são os meus personagens preferidos em toda a história.

Eu achei a história muito boa, a leitura é super fluída e você lê ele rápido demais (até porque ele é o menor dos livros), só acho que faltou detalhes em algumas partes, como por exemplo nas batalhas. Sei que a obra é infantil, mas nos outros livros as batalhas são mais detalhadas.

OBS: O livro é ótimo, porém como já falei, acho que falta detalhes na escrita de C.S. Lewis, ele não entra em detalhes na aparência dos personagens, e na batalha final, tudo ocorre praticamente por lembranças, e não mostra em si o começo da batalha, só o final, quando Aslan, Lúcia e os demais chegam lá.

Nota: 5/5 ou 10/10






O CAVALO E SEU MENINO:


O livro conta a história de Shasta, um menino que mora na Calormânia, um pais vizinho de Nárnia (sempre pensei que Nárnia fosse um mundo, mas é um pais!), ele descobre que não é filho de um pescador numa noite em que um tarcaã os visita. Ele resolve fugir, e se junta ao Cavalo Bri, um Cavalo falante de Nárnia, para voltarem para sua terra natal.

A história é bem simples, e muitas vezes clichê (porque olha, você consegue descobrir logo o final do livro) porém ele é engraçado demais, gargalhei demais na sequência que Shasta descobre que o cavalo do convidado de seu 'pai' falava.

A história se passa durante a Era de Ouro de Nárnia, época que os irmão Pevensie reinavam lá. E ainda temos uma pequena participação deles, principalmente de Edmundo e Susana, que aparecem mais. Alias, não tem como eu não comentar isso: é linda demais ver a mudança na personalidade do Ed, muito lindo ver a evolução dele, que é meu personagem preferido, pois ele é o personagem mais humano, o que erra, porém aprende com seus erros e ver a mudança dele com na parte:

“- Chii! Ainda temos em nossas mãos aquele lamentável Rabadash; temos de decidir o que fazer com ele. Lúcia estava sentada à direita do rei e Aravis à esquerda. O rei ...
- Vossa Majestade tem todo o direito de decepar- lhe a cabeça - opinou Peridan. - Um assalto como este colocou Rabadash no nível dos assassinos.
- Pura verdade - disse Edmundo. - Mas até um traidor pode corrigir-se. Conheço um. - E assumiu um ar pensativo.” 

É lindo demais, porém, tenho que deixar claro: NÃO CONCORDO com ele nessa parte, nela, estavam decidindo o destino desse tal de Rabadash, ele queria levar guerra para Nárnia e Arquelandia, matar Ed, Pedro e Lu para poder casar a força com Susana."

Nota: 5/5 ou 10/10



PRÍNCIPE CASPIAN:

A história se passa a muitos anos depois do sumiço dos 4 Grandes Reis de Narnia, e foi triste demais enfim descobrirmos o que houve com Nárnia depois disso. Descobrimos que Caspian I (um Telmarino) conquistou e derrotou os narnianos quando o mesmo chegou a Nárnia, fazendo com que assim, quase todas as criaturas mágicas sumissem.

Porém tudo muda com Caspian X, o jovem príncipe de Nárnia, que sempre gostou de histórias dos seres mágicos que “viveram” em Nárnia antes do reinado de seus antepassados (descobrimos isso através de ‘flashbacks’ do príncipe). Mas nem tudo são rosas, o tio dele é do mau, e não gosta nada desses seres, e nem de que seu sobrinho descubra sobre eles. No caminho de tudo, o tio ganha um filho, e não precisa do sobrinho – como sempre- e com isso o jovem tem que fugir. No caminho, ele se encontra com narnianos antigos, e com isso monta uma ‘rebelião’. O tio vai atrás dele, e, com poucos narnianos, Capian X se vê obrigado a usar a trompa de Susana, e com isso, os irmãos Pevensie voltam a Nárnia.
Neste livros temos muito personagens novos, Caspian é um deles, também temos Rip – um rato falante e muito corajoso – e muitos outros. Tanto Caspian quanto Rip são personagens ótimos (porém, Rip fica chatinho mais para a frente).
Como já falei, temos os irmãos Pevensie de volta, Ed e Lu, os melhores, continuam os melhores. Pedro está apagado e Susana, é chatíssima neste livro (serio, que menina insuportável ela está aqui).
Apesar da história simples – e em muitos aspectos clichê – e também meio parada (não acontece nada demais por muito tempo), ela é boa e eu gostei bastante dela.

OBS: No final descobrimos que Pedro e Susana não voltarão mais a Nárnia e isso é triste demais.

Nota: 5/5 ou 10/10




A VIAGEM DO PEREGRINO DA ALVORADA:

Não vou mentir, pensei que não ia gostar tanto deste livro por causa de Eustáquio, que começa o livro INSUPORTÁVEL, porém passa por uma mudança drástica, o que muda seu jeito de ser.
O livro acompanha as aventuras de Ed, Lucy, Caspian e cia a bordo do Peregrino da Alvorada. Caspian tinha prometido que depois que Nárnia voltasse a paz, iria atrás dos amigos do pai, e por isso viaja no Peregrino, e no caminho se reencontra com Ed e Lucy. A cada parada do Peregrino os personagens vivem aventuras novas (até aparece histórias sem ligação uma com a outra), porém o livro é muito bom.
A história se passa para lá das Ilhas Solitárias, terras nunca mostradas antes.
Neste livros, os irmãos Ed e Lucy não voltam mais a Nárnia (infelizmente), eram os personagens que mais gostei nas Crônicas.

OBS: Neste livro, a ligação da história com religião fica mais nítida para nós, principalmente no final (que prefiro não comentar para não estragar a surpresa), esse era um dos meus medos ao pegar a série para ler, porém, é tudo bem sutil, o que não interfere em nada, a você gostar ou não da história, independente de ser religioso ou não.

Nota: 5/5 ou 10/10



A CADEIRA DE PRATA:


A história conta sobre a volta de Eustáquio (sim, o primo chatinho dos Irmãos Pevensie está de volta) e sua amiga (?!) Jill. Eles estudam juntos num internato experimental (é coisa de louco essa escola, pelo pouco que lemos sobre ela), e são transportados para Nárnia para procurarem um Príncipe - filho de Caspian,  já idoso- que sumiu a alguns anos.

Não vou mentir, achei o livro maçante demais. O Eustáquio é um personagem que não sei se gosto ou se não gosto, Jill não conseguiu me despertar nenhum sentimento. O Paulama, Brejeiro é um personagem INSUPORTÁVEL! A leitura é maçante em praticamente metade do livro, só fica boa lá pro capitulo 10. Porém, o fim compensa MUITO o começo, adorei a sequencia final do livro. AMEI o último capítulo, e não vou mentir, CHOREI LITROS lendo ele.

Neste volume, viajamos para terras nunca viajadas por nós em Nárnia: o Norte, terras de gigantes e muitos outros seres.

Nota: 3/5 ou 6/10, porque nem o final maravilhoso, consegue desculpar o começo maçante.





A ÚLTIMA BATALHA:


O livro se passa mais ou menos 200 anos depois da história de A Cadeira de Prata. Ela conta a história de Tirian, Rei atual de Nárnia e parente distante de Rilian e Caspian.
Um personagem super sem graça, faz uma coisa mais sem graça ainda (prefiro nem comentar) - pausa para me perguntar que tipo de drogas C.S. Lewis usou para fazer uma coisa tão ridícula e sem graça logo no último livro da série -, com essa coisa, ele começa a controlar todos os narnianos, faz um acordo com os calormanos e Tirian se vê obrigado a pedir ajuda das nobres crianças que já ajudaram Nárnia antes, sendo assim Eustáquio e Jill voltam à Nárnia para ajudar o Rei.
Os calormanos estão de volta, e como vilões, o que achei bem decepcionante, e também nada haver, durante os livros sabemos que eles e narnianos brigavam, porém, eles nunca foram tão importantes assim.
Durante a história descobrimos um pouco sobre a época entre O Sobrinho do Mago e O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa, coisa que eu era super afim de descobrir.

O começo do livro foi sofrível demais, ele tem uns 4 capítulos super chatos, o que quase me fez desistir de ler ele. Porém depois a história fica bem legal, apesar de por ser o último, esperava bem mais dele, esperava uma coisa mais grandiosa, vilões (ou vilão) mais grandioso(s), mas o final foi ruim e óbvio, o autor deu varias dicas do que iria acontecer, não só neste livro, mas nos outros, o que tirou a surpresa do final (que olha, me fez chorar litros, to aqui escrevendo meio sem saber o que escrever).

PS: Quero falar um pouco sobre Susana: Susana e seu destino é algo bem polêmico. Li muitas coisas absurdas por ai sobre ela, então por isso queria deixar o meu pensamento aqui: Susana não volta a Nárnia não porque virou adulta, patricinha que só se preocupa com roupas, como ele ‘fala’ aqui: “Essa Susana! – disse Jill. – Agora só pensa em lingeries, maquilagens e compromissos sociais. Aliás, ela sempre foi louquinha para ser gente grande.” mas sim por que deixou de acreditar, isso mesmo, o mesmo aconteceu com André, tio de Digory, em O Sobrinho do Mago, vemos ele se gabando que não pode acreditar em animais falantes, e no final de tudo, ele não é mais capaz de os ver, como tem aqui: “É verdade – completou Eustáquio – e cada vez que se tenta conversar com ela sobre Nárnia ou fazer qualquer coisa que se refira a Nárnia, ela diz: Mas que memória extraordinária vocês têm! Continuam no mundo da fantasia, pensando nessas brincadeiras tolas que a gente fazia quando era criança.”

Nota: 3/5 ou 8/10






QUOTES


"– Pó. Pó fininho, pó seco. Nada de entusiasmar. Nada que valesse tanto trabalho – é o que você deve estar achando. Ah, mas quando vi aquele pó (tive o cuidado de não tocar nele) e pensei que cada grãozinho ali já estivera em outro mundo... Não estou falando de outro planeta, pois os planetas fazem parte do nosso mundo... Estou falando de outro mundo mesmo – uma outra natureza, um outro universo –, um lugar onde você jamais chegaria, mesmo que viajasse eternamente através do espaço deste nosso universo... Um mundo que só poderia ser alcançado através da magia! Bem..."


"...
- Bem, e por que o senhor mesmo não foi?
Digory jamais vira alguém tão surpreso e ofendido quanto o tio, por causa de uma simples pergunta:
- Eu?! Eu?! Esse menino deve ser maluco! Um homem da minha idade, nas minhas condições de saúde, correr o risco do impacto e dos perigos de um universo diferente? Nunca ouvi nada tão disparado em toda a minha vida! Você sabe o que está dizendo? pense bem: trata-se de um outro mundo, onde podemos encontrar TUDO... TUDO.
- E foi para lá o que o senhor enviou Polly?! ... - Só tenho uma coisa para dizer: o senhor pode ser meu tio, mas procedeu como um covarde, mandando uma menina para o lugar aonde o senhor não tem coragem de ir..."


"... - Espere - disse a feiticeira - Que a sombra da traição nem passe pela sua cabeça. Meus olhos enxergam através das paredes e dentro do espírito dos homens, e estarão dentro de você em todos os lugares. Ao primeiro sinal de desobediência, rogo-lhe esta praga: onde se sentar, será como o ferro em brasa; quando se deitar, invisíveis blocos de gelo pousarão em cima de seus pés.Agora, vá!..."


"... O céu do oriente passou de branco para rosa, e de rosa para dourado. A Voz subiu, até que todo o ar vibrou com ela. E quando atingiu o mais potente e glorioso som que já havia produzido, o sol nasceu.
Digory nunca tinha visto um sol daqueles. O sol sobre as ruínas de Charn parecia mais velho do que o nosso, mas este parecia mais jovem. Tinha-se a imprenssão de que ele ria de alegria enquanto ia subindo..."


"... A canção fazia com que sentisse e pensasse coisas que não queria sentir e nem pensar. Quando o sol nasceu e viu que o cantir era um leão (' um MERO leão', como disse a si mesmo), fez tudo para convencer-se de que não havia canto algum, mas apenas rugidos, como fazem os leões, em nosso mundo. 'Devo ter imaginado que o Leão cantava; é porque estou com os nervos descontrolados. Alguém já ouviu leão cantar?' Quanto mais belo o canto, mais tio André imaginava ouvir rugidos. O negocio é este: QUANDO A GENTE QUER SER FAZER DE TOLO, QUASE SEMPRE CONSEGUE. Tio André conseguiu. Passou a ouvir apenas rugidos na canção de Aslam, Mesmo que quisesse voltar atrás, já era tarde. Quando afinal o Leão falou e disse 'NÁRNIA, DESPERTE', o tio não ouviu palavras; ouviu somente um rosnado. Quando os bichos responderam, ouviu latidos, uivos, zurros, miados. Quando caíram na risada...bem, você pode imaginar. wesse foi o pior momento para tio André. Aquela zoerira infernal de feras sanguinárias e esfomeadas! Depois, para arrematar-lhe a raiva e o terror, viu os outros 3 seres humanos se encontrarem, na maior calma, com os outros animais..."


"...
- Infelizmente, ficará sempre jovem e tudo o mais. As coisas funcionam de acordo com o que são. Ela possui o poder e a perenidade de uma deusa. Mas a eternidade com um coração mau é a perenidade da desgraça. Todos conquistam o que desejam, mas nem sempre se satisfazem com isso."


"... Quando as coisas vão mal, parece que vão de mal a pior durante certo tempo; mas quando começam a ir bem, parecem cada vez melhores."


"... Edmundo, pela 1ª vez desde que está história começou, sentiu pena de alguém que não fosse ele memso. Pareceram-lhe tão dignas de dó aquelas figurinhas de pedra, sentadas ali, entra ano sai ano, dias de silêncio, noites de escuridão, até que o musgo as cobrisse e os séculos as desfizessem em pó"..."


"... A nossa história começa numa tarde em que Edmundo e Lúcia aproveitavam juntos alguns minutos precioso. Como é obvio, falavam de Nárnia, nome do país secreto deles. Acho que quase todos nós temos um país secreto, que, para a maioria, é apenas um país imaginário. Edmundo e Lúcia eram bem mais felizes: o país secreto deles era verdadeirto. Já tinham até visitado Nárnia duas vezes, de verdade, não sonham, nem brincando. É claro que tinham conseguido chegar lá por MAGIA, que é a única maniera de atingir Nárnia. E tinham prometido que lá voltariam algum dia. Assim, vovê pode imaginar como eles falavam de Nárnia, sempre que podiam..."


" ...
Ah - gemeu o cavaleiro - o encantamento... as teias geladas, duras e viscosas da magia negra. Arrastado pelas profundezas da terra, pela negra escuridão... há quantos anos? ... Há dez anos? ... Estas larvas humanas que me rodeiam por todos os lados! Oh, piedade? Quero sair, quero voltar. Quero sentir de novo o vento e contemplar o céu... Havia um poço. Quando eu olhava lá dentro via as árvores de cabeça para baixo, tão verdes e mais abaixo, no fundo profundo, o céu azul..."



" ...
- Não sei direito o que você entende por um mundo ... Mas pode tocar essa rabeca até que seus dedos caiam no chão, mesmo assim nunca vou me esquecer de Nárnia. E nem do Mundo de Cima. Imagino que nunca mais o veremos, pois é provável que o tenha obscurecido como fez a este mundo. Mas vou saber sempre que estive lá. Já vi o céu cheio de estrelas. Já vi o Sol nascendo do mar e sumindo atrás das montanhas ao cair da noite..."



“Coisas extraordinárias acontecem apenas com pessoas extraordinárias, que estão destinadas a feitos extraordinários!”



"Não seria medonho se um dia, no nosso mundo, os homens se transformassem por dentro em animais ferozes, como os daqui,e continuassem por fora parecendo homens, e a gente assim nunca soubesse distinguir uns dos outros?"



"Chorar funciona mais ou menos enquanto dura. Porém, mais cedo ou mais tarde, é preciso parar d chorar e tomar uma decisão"



“Todos conquistam o que desejam, mas nem sempre se satisfazem com isso.”



“O negócio é esse: quando a gente quer se fazer de tolo, quase sempre a gente consegue.”



“Quando as coisas vão mal, parece que vão de mal a pior durante certo tempo; mas quando começam a ir bem, parecem cada vez melhores.”



“Minha irmã Susana – respondeu Pedro, breve e gravemente – já não é mais amiga de Nárnia.
...
É verdade – completou Eustáquio – e cada vez que se tenta conversar com ela sobre Nárnia ou fazer qualquer coisa que se refira a Nárnia, ela diz: Mas que memória extraordinária vocês têm! Continuam no mundo da fantasia, pensando nessas brincadeiras tolas que a gente fazia quando era criança.”


 LIVROS vs FILMES:


Bem, até hoje, temos 3 filmes baseados nas Crônicas de Nárnia, a Disney resolveu adaptar a serie, do 2º livro, O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa, o que não influencia em nada ao entendimento da história (a meu ver).

1) Em O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa, temos uma adaptação SUPER fiel, o que é mudado, só engrandece a história, como o começo, que mostra a Guerra em nosso mundo (no livro, a história já começa com os irmãos Pevensie na casa do Professor); a batalha no final, que no livro, só é mostrado uma parte (o final, com a chegada de Aslam, de volta, derrotando a Rainha Branca, ou Rainha Jadis. Também, temos algumas mudanças bobas, como o treno da Rainha, que nos livros são puxados por renas e nos filmes por ursos polares (o que é mais intimidante a meu ver), o meio que as crianças descobrem o guarda Roupa, etc, porém, a adaptação é muito fiel, e tirando Em Chamas e O Hobbit (sim, coloco ele) nunca vi adaptações tão fieis. 




2) Em Príncipe Caspian, tudo muda, temos mais mudanças, que não mudam a história tanto, tais como mais ação (no livro tem pouco), alias os livros em termos de batalha é bem pobre, temos poucas, e se temos não são tão detalhadas (isso é um ponto fraco no livros, me peguei gritando que queria detalhes, especialmente nos personagens); a Feiticeira Branca aparece (no livro, só dão a ideia de ressuscitar ela); nos filmes temos um possível romance entre Caspian e Susana, porém, não muda muito a história, e para mim, até deixa ela um pouco melhor, afinal Susana (a meu ver) está chatinha no livro e eu a prefiro no filme; Também não temos disputa de ego entre Caspian e Pedro (zzz) no livro. Apesar de eu ter gostado do livro, ele é bem paradão, e por isso, acho a adaptação boa, mesmo mudando muitas coisas.


3) Já em, A Viagem Do Peregrino Da Alvorada, as diferenças começam a ficar ENORMES, a maior é em se tratando de Estáquio, durante a viagem do Peregrino, ele, encontra um tesouro de dragão, ganancioso como só, pega eles, e se transforma em dragão, no livro ele fica assim por pouquíssimo tempo, já no filme, ele permanece assim por mais tempo, e olha (já to preparado pras facadas) preferi do jeito do filme, é bem mais interessante ver ele como dragão por mais tempo, e ver ele mudando aos poucos (quando vi isso no livro, tomei um susto). No filme também temos uma história sobre 7 espadas (que serie dos Lordes que Caspain procura), que não temos no livro;



Bem é isso, em adaptações (e elas são boas), temos as histórias, a partir do 2º livro (ordem cronológica), com isso, temos coisas não explicadas – de onde saiu um Guarda Roupa que nos transporta para outro mundo?! - porém, a meu ver, não influencia em nada a história, para mim, existem coisas que não precisam ser ditas e explicadas, e isso tudo é MAGIA, magia não precisa ser explicada, afinal, quem ai precisa saber o porque de se você dizer que não existem fadas, uma fada morre?! Para mim não! 





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